12 de dez. de 2010

O Design dos Games



Esse assunto vem me chamando atenção quando eu comecei a notar os jogos dessa nova geração de consoles, todos em busca dos gráficos perfeitos.
Mas até onde o extremo realismo dos jogos deve ir?

Eu reconheço que alguns jogos como GTA, ou Red Dead Redemption (ambos da Rockstar), ou até mesmo outros jogos do gênero pedem esse tipo de gráficos. Mas há uma tendência entre as produtoras de deixar todo e qualquer jogo realista. Todos para testar e desafiar a capacidade para o console ao qual são destinados.

E que consoles são esses, que servem de "lar" para esses jogos? Xbox 360 e PS3, óbvio. A Nintendo por sua vez, utiliza-se de títulos saudosistas e design diferenciado para concorrer com a superioridade da capacidade dos outros consoles. E mesmo assim, com pouquíssimo fanservice em seus títulos, consegue ser superior em vendas.

Então, por quê trocar um design caprichado por jogos extremamente realistas? Sem tirar o mérito dos gráficos realistas, pois sei que dá tanto ou mais trabalho que um jogo mais cartoonizado, menos realista. A questão é, tanto realismo e falta de originalidade na hora de desenvolver a jogabilidade é falta de coerência. Veja God of War e o novo Castlevania, por exemplo. Jogabilidade muito semelhantes e gráficos feitos para impressionar.

Na década de 90, eu acredito que um dos designs que mais inovaram a geração dos games foi a da série Donkey Kong, um dos primeiros jogos a utilizar gáficos 3D pré-renderizados. Além disso, conta com uma jogabilidade soberba, e design impecável.



Em algumas fases, acompanhamos um pôr-do-sol ou anoitecer. Quase todas possuem cenário animado.



O belíssimo design do worldmap de Donkey Kong Country 3



Com o Nintendo 64, vimos o maior ícone dos videogames ganhar 3 dimensões:



E um dos melhores títulos de todos os tempos - The Legend of Zelda: Ocarina of Time:



Será que então tudo mudaria? Mario, o personagens das plataformas side-scroller agora em 3D. O trabalho que fizeram em Mario 64 com certeza fez sucesso e jogos do bigodudo em 3D até hoje são bem recebidos, como Mario Galaxy e Mario Galaxy 2, dois dos jogos com as maiores notas dadas pelos críticos.

Com a revolução do 3D nos videogames, parecia que ninguém mais queria saber de side-scrollers. Final Fantasy VII veio para consolidar o nome da série que já possuía grande notabilidade. Com uma história impecável e sendo o primeiro da série a utilizar gráficos 3D, é um ods títulos mais aclamados do PSOne.



Mas, não. Os side-scrollers não ficaram esquecidos. Retornando às plataformas 2D, está Castlevania Symphony of the Night, plataforma com uma pitada generosa de RPG. Os gráficos deste jogo são muito bonitos. Plano de fundo pintado à mão, animação dos personagens foi feita cuidando os mínimos detalhes sem falar na trilha sonora.



Agora a questão é: um design diferenciado faz o game chamar mais atenção? O valor e a importância do design foi resgatado com Okami para PS2 (posteriormente para Wii), com um design inspirado na arte japonesa:



Na geração Wii, temos muitos exemplos de conceitos originais. Super Paper Mario é um aprimoramento do conceito de seus predecessores. Neste jogo, Mario, personagens, inimigos e partes do cenário são "feitos" de papel. Quase tudo é da finura de um papel, e num cenário totalmente interativo, Mario pode andar tanto em 2D quanto em 3D.



Para finalizar, quero comentar dois designs muito bonitos e um tanto originais.
O jogo de plataforma Wario Land: Shake It retorna com os cenários pintados à mão e personagens animadas como em um desenho. E um dos títulos mais recentes da Nintendo: Kirby's Epic Yarn, do mesmo estúdio de Wario Land: Shake It. Caramba! Quem teve a ideia de criar um jogo estilizado como se fosse tudo de tecido? Que ideia maravilhosa. Esse jogo é uma obra de arte. É lindo demais! Sem contar com toda a interatividade do cenário.





É isso, gente. Por enquanto. espero que comentem!

O realismo dos gráficos te ajuda a imergir mais no jogo? Comente.